A nova diretoria do Santos quer que a Vila Belmiro volte a se tornar um “alçapão“, como era até a década passada. Para isso, contratou um escritório de arquitetura com a missão de viabilizar uma reforma no estádio, que se tornou centenário em 2016 e passou por várias mudanças ao longo dos anos.
O primeiro passo foi dado: acabar com o setor de camarotes atrás do gol oposto ao placar, transformando o local numa arquibancada popular.
– Aquele camarote do fundo, que mais parece uma choupana, aquilo vai sair tudo. Os vidros vão ficar menores.
Há outros conceitos sendo discutidos, como uma mudança no local destinado à torcida visitante. Mas a ideia mais ousada almeja acabar com pontos cegos no estádio, principalmente os do antigo “setor Visa” – o trecho térreo da chamada “arquibancada do retão”.
Não há ainda um projeto definido. O que existe é um conceito: unir o primeiro e o segundo pavimentos desse retão, deixando intacto apenas o terceiro andar. Guardadas as devidas proporções, é algo similar ao que foi feito no Maracanã, que viu a “geral” e o setor de cadeiras se tornar um novo local de assentos numerados. No caso da Vila, porém, a ideia é que essa nova área seja de arquibancada.
Esse novo setor teria arquibancadas mais íngrimes. Com estrutura tubular, a referência óbvia é a do estádio da Ilha do Governador, a “Ilha do Urubu”, que vem sendo utilizado pelo Flamengo. A expectativa é que isso ajude a aumentar a capacidade da Vila Belmiro, tornando-a novamente um alçapão.
No ano passado, a média de público do Santos como mandante foi de 11.759 pessoas (17º entre clubes das Séries A, B e C do futebol brasileiro), sendo 8.264 na Vila Belmiro (em 25 jogos) e 22.682 no Pacaembu (oito partidas).
Outras mudanças na Vila
Há várias outras ideias discutidas para dar mais conforto e opções para os torcedores na Vila Belmiro. Uma delas é levar o Memorial das Conquistas para a área do ginásio, que é bem maior. Outra é usar o chamado “Salão de Mármore” como um restaurante em dias de jogos.